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A perda de memória em idosos

Após toda uma vida, acumulamos milhares de memórias. Os cheiros da sua infância ou o nascimento do seu filho convivem com a nostalgia do passado ou com a morte de um familiar próximo. No entanto, com o passar dos anos, é comum que sejamos protagonistas de uma deterioração da memória. Pode haver uma perda de memória a curto ou a longo prazo e, inclusive, pode até mesmo ser um sintoma de doença. É influenciada por diferentes causas e factores externos, embora a parte positiva seja o facto de podermos trabalhar para evitar cair no esquecimento.

À medida que vamos envelhecendo, não só ocorrem alterações no nosso corpo, como também é afetado o cérebro. Este é o principal motivo de, por exemplo, as pessoas mais velhas precisarem de mais tempo para aprender algo novo e de, frequentemente, esquecerem-se de certas informações, como o sítio onde deixaram algum objeto de uso quotidiano. Por vezes, estes problemas de memória podem ser confundidos com demência ou doenças graves como o Alzheimer.

Noutras situações estas “distrações” podem, inclusive, estar relacionadas com as emoções e aí, a depressão ou a solidão podem influenciar negativamente as nossas memórias. Não é absurdo pensar que uma pessoa idosa tenha de enfrentar uma quantidade de problemas de memória, mais a situação de dependência, de modo que a sua autoestima será muito afetada.

Causas que influenciam a perda de memória

Embora o cérebro não seja um músculo, diz-se que ele age de forma idêntica: enfraquece se não for cuidado e exercitado. O melhor que se pode fazer é, portanto, treinar a memória com o objetivo de impedir ou atrasar os efeitos negativos que a idade tem sobre ele. No entanto, esta não se trata apenas de uma “questão de idade”. Estes são outros fatores que também influenciam a nossa memória:

  • O estado de espírito. Embora possa parecer difícil de acreditar, a solidão, a inatividade ou o isolamento influenciam a nossa memória. Certas doenças ou distúrbios, como a depressão ou a ansiedade, são particularmente negativos. Nestes casos, podem ser confundidas com os sintomas da doença de Alzheimer, por isso, é imprescindível um diagnóstico adequado.
  • Alguns fatores externos podem ser o álcool, a medicação ou uma alimentação pobre em vitaminas B6, B9 e B12.
  • As pessoas afetadas pelo transtorno denominado Défice Cognitivo Ligeiro são mais propensas a sofrer de problemas de memória. As diferenças em relação ao Alzheimer estão no facto de as atividades diárias não serem afetadas e dos seus sintomas não serem tão graves.
  • Outra causa da perda de memória pode ser a demência. Esta pode ser acompanhada, igualmente, por problemas de fala ou comportamentais e, neste caso, o dia a dia da pessoa idosa é afetado. Duas das formas mais frequentes de demência em pessoas idosas são o Alzheimer e a demência vascular.

Como melhorar a memória de pessoas idosas?

A primeira coisa que devemos fazer se estivermos preocupados com a memória de um familiar, amigo ou conhecido é consultar um médico profissional. Este terá a capacidade e o conhecimento para diagnosticar um possível problema, encaminhá-lo para um especialista ou recomendar os melhores cuidados.

Por outro lado, é muito importante cuidar do estilo de vida da pessoa em questão. Manter uma alimentação saudável, evitar a obesidade ou o sedentarismo e cumprir os exames médicos, são recomendações essenciais para cuidar da saúde física.

No entanto, não devemos esquecer-nos da “saúde mental” do idoso. Devemos prestar atenção a possíveis depressões ou ao estado de espírito fora do normal, bem como ajudar a evitar a solidão e a baixa autoestima. Para isso, a melhor recomendação está na própria interação social, que aumenta a autoestima do idoso, provoca sentimentos e emoções positivas e contribui para o exercício constante dos seus neurónios.

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