Assinalou-se a 4 de fevereiro o Dia Mundial da Luta Contra o Cancro. É o momento de recordar os números e estatísticas associados a este flagelo mundial.
A Agência Internacional para a Investigação do Cancro, da Organização Mundial da Saúde, estimava em setembro de 2018 mais de 18 milhões de novos casos de cancro em todo mundo e 9,6 milhões de mortes, a nível global, devido a esta doença.
Ainda segundo a Agência Internacional para a Investigação do Cancro, em Portugal, o número de novos casos oncológicos pode, em 2018, ter sido superior a 58 mil com as mortes a ficarem próximas de metade desse número. A mesma agência avança ainda que um quarto da população portuguesa está em risco de desenvolver cancro até aos 75 anos e 10% pode morrer de doença oncológica.
A Agência Internacional para a Investigação do Cancro diz ainda que o cancro colorretal será o que vai registar mais novas incidências em Portugal em 2018, prevendo-se a deteção de mais de 10 mil casos, seguido do cancro da mama com cerca de sete mil casos e o da próstata com 6.600. O cancro do pulmão, apesar de a nível mundial ser o que atinge mais doentes, em Portugal está em quarto lugar com uma previsão de 5.200 incidências em 2018.
Segundo dados apresentados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2015 o cancro foi a segunda causa de morte no mundo: 8,8 milhões de óbitos. A mesma organização prevê mais de 14 milhões de mortes, em todo o mundo, para o ano de 2035. Em Portugal, a principal causa de morte está relacionada com doenças do aparelho circulatório que foram a causa de 29,3% dos óbitos em 2017, segundo dados da Pordata, surgindo os tumores malignos em segundo lugar com cerca de 25%.
Relativamente à incidência de doença oncológica, se avaliarmos por género, nos homens o cancro com maior incidência é o da próstata seguido do colorretal. Já nas mulheres a primeira causa é o cancro da mama e a segunda é também o colorretal.
Já no que respeita à mortalidade, o cancro do pulmão regista o maior número de óbitos em todo o mundo, assim como em Portugal. Seguem-se os cancros do cólon, do estômago, da próstata e da mama.
Prevenção, diagnóstico precoce e avanços terapêuticos, melhorias na sobrevivência do paciente
Apesar dos números e do facto de enfrentar uma das doenças com maior incidência e mortalidade, alguns estudos publicados revelam dados mais otimistas. Em Portugal, a taxa de sobrevivência no cancro do colón está próxima dos 60% e nos casos do cancro da mama e leucemia situa-se nos 90%. Os dados portugueses acompanham os registos dos países europeus e dos Estados Unidos da América.
A prevenção, deteção precoce e avanços médicos no tratamento desta doença são responsáveis por este aumento da sobrevivência. Por outro lado, os avanços tecnológicos e novas terapias, como a imunoterapia e a terapia CAR-T que registaram alguns sucessos, podem munir os profissionais de saúde com mais ferramentas para utilizarem no combate a um dos maiores flagelos que, atualmente, atinge a humanidade.
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