Renovar o guarda-roupa com roupas mais leves e coloridas, planear as tão esperadas férias ou aproveitar os dias mais longos e ensolarados: em princípio, a chegada do verão não desagrada a ninguém. No entanto, devemos saber que, como revela um artigo publicado na Nature.com, citando diferentes estudos das Universidades de Cambridge, Munique, Londres e Dresden, qualquer mudança sazonal provoca alterações na nossa saúde.
Seco, ensolarado, quente ou mesmo tórrido, acabam por ser alguns dos adjetivos que descrevem o verão português. E o do ano passado chegou a ser descrito como sufocante. De tal forma que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) o definiu como o 9º mais quente e o 7º mais seco desde que existem registos em Portugal – 1931 – e o 6º mais quente e 3º mais seco desde o início do século.
Felizmente, para este ano, espera-se que as temperaturas não atinjam as do verão de 2017.
Mesmo com o risco de soarmos repetitivos repetitivo, devemos ter uma precaução especial no caso das crianças e dos idosos. Primeiro, porque eles são eles os mais sensíveis às mudanças de temperatura; e além disso, muitas vezes não sentem sede e sofrem de desidratação.
As mudanças que observaremos no nível de saúde não serão tão radicais quanto no salto do inverno para a primavera. O nosso corpo aproveita esta última temporada para se habituar ao calor e aos dias ensolarados, modificando o nosso ritmo de vida. E estes são alguns dos efeitos que já podemos notar nos próximos dias:
- Aumento da temperatura dia e de noite. Apesar das diferentes semanas chuvosas que caracterizam a primavera – e que se têm arrastado até estes dias -, as temperaturas aumentam durante esta temporada. Com o verão esse aumento não está presente apenas durante o dia, mas também à noite. Deste modo, é essencial manter-se hidratado sem abusar de outros tipos de bebidas com alto teor de gás ou de açúcar, usar roupas leves e respiráveis e evitar as horas de maior exposição solar.
Ondas de felicidade. A parte positiva do aumento das temperaturas é a de nos permitir regular os níveis de vitamina D e elevamos as nossas endorfinas, as hormonas da felicidade, ao enésimo grau. A Universidade Rainha Margaret de Edimburgo estudou como essa exposição maior aos raios solares nos ajuda a acabar com a sensação de cansaço permanente.
Mas também ondas de raiva, desespero e ansiedade. A felicidade pode terminar quando o Sol se põe, as horas passam mas o termómetro não desce. Nestes momentos geramos mais adrenalina, resultado da luta do corpo contra o calor. No entanto, como não podemos evitar estas temperaturas, a impotência pode transformar-se em agressividade.
Mudanças na dieta. As intoxicações alimentares são frequentes nestas alturas devido às mudanças na nossa dieta. Pouco a pouco estaremos a consumir produtos sazonais e frescos, mas chegarão também produtos não saudáveis, como gelados ou bebidas alcoólicas, por exemplo.
Férias de verão. Para muitos, esta época é caracterizada pelo cobiçado e merecido descanso. No entanto, também devemos ter cuidado porque até esse período pode provocar stress e causar ansiedade. Os nossos conselhos passam por um planeamento, continuar (na medida do possível) com hábitos de vida saudáveis como exercícios físicos, dieta e horários, retomando progressivamente a rotina e mentalizando-se que se trata de um descanso do dia-a-dia.
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