Em Portugal, quase uma em cada três crianças (28,5%) entre os 2 e os 10 anos tem excesso de peso, entre as quais 12,7% são obesas, de acordo com os resultados de um estudo da APCOI – Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil.
Ao mesmo tempo, segundo os relatórios do Programa Mundial de Alimentos, nos países em desenvolvimento uma em cada seis crianças tem um peso inferior ao normal. Situações tão diferentes tornam necessário tomar medidas a nível mundial, regional e local. Além disso, todos podemos ajudar na consciencialização para a adoção de bons hábitos alimentares.
Isso deve acontecer desde a infância, sendo os pais os grandes responsáveis. Assim, têm que aprender a resolver situações frequentes como o que fazer quando o seu filho(a) não come ou come demasiado, que fazer quando recusa certos alimentos como as frutas e as verduras ou o que fazer quando sofre de excesso de peso infantil ou, pelo contrário, o seu peso é mais baixo do que o devido.
Anualmente, a 16 de outubro celebra-se o Dia Mundial da Alimentação que comemora o nascimento da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Diferentes eventos organizados em mais de 150 países do mundo levam-nos a refletir sobre a nossa alimentação e estilo de vida, sobre as doenças como a obesidade ou a diabetes e sobre o sedentarismo, entre outros.
Durante este ano de 2018, a celebração decorre sob o lema ‘Um mundo #FomeZero em 2030 é possível’. Este faz referência ao objetivo número dois dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e a FAO lança esta série de ações, dirigidas a governos, sector privado, agricultores e público em geral, para contribuir para acabar com a fome. Eliminar o desperdício alimentar, defender a segurança alimentar, evitar o armazenamento excessivo ou aproveitar as sobras de comida fazem parte desta longa lista de conselhos que nos oferecem.
Conselhos para educar sobre uma alimentação saudável
Para cumprir com as recomendações da FAO, é fundamental a educação para uma alimentação saudável desde a infância. Inculcar às crianças hábitos adequados beneficiará a sua saúde, evitando doenças e fomentando o desporto. As crianças apreendem os hábitos na base dos bons exemplos pelo que os pais deverão ter em conta os seguintes conselhos:
- Estabelecer horários e repartir as necessidades nutricionais em 5 refeições: pequeno-almoço, lanche a meio da manhã, almoço, lanche a meio da tarde e jantar. Dentro destas, o pequeno-almoço é a refeição mais importante, embora todas sejam essenciais. Devemos procurar que não fiquem com demasiada fome e ensinar-lhes a não petiscar fora de horas.
- Fazer das refeições um momento agradável e relaxado. Para tal, as pressas não são boas e o ideal é que os pais acompanhem os seus filhos às refeições, criando um ambiente de comunicação entre todos.
- Não utilizar a comida como prémio ou castigo. Também não se deve obrigar a comer ou consentir caprichos nos pratos. Se isto ocorrer, devemos procurar alternativas para substituir alimentos dentro do mesmo grupo.
- Ensinar-lhes os conceitos básicos de nutrição e a importância de evitar o consumo frequente de alimentos pouco saudáveis como a pastelaria industrial, a comida “de plástico” ou os refrigerantes. O ideal é substituir estes por comida saudável como podem ser as frutas, de tal maneira que, quando alcancem maior autonomia na adolescência, saibam evitar por si próprios as tentações pouco saudáveis.
- Fazê-los participar em tudo o que rodeia a alimentação. Podem ajudar-nos a fazer as compras, assim como na preparação das refeições.
- É típico encontrar crianças que rejeitam certos alimentos como as verduras ou o peixe. Devemos explicar-lhes porque é importante consumi-los, dar o exemplo e elaborar pratos que sejam atrativos ou divertidos visualmente para motivar a que o consumam.
Webster
29-ene-2022
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29-ene-2022
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