Os pacientes com doenças crónicas, por vezes, necessitam de cuidados e atenção especiais para manter uma boa qualidade de vida. Para evitar e apaziguar os seus inconvenientes, uma das medidas é praticar uma alimentação correta.
Das doenças crónicas em que é importante ter em conta o que come são as que estão relacionadas com a tiroide. Em Portugal, cerca de 10% da população sofre de problemas da tiroide, seja devido ao hipotiroidismo, quando a glândula tiroide não produz hormonas suficientes para realizar as funções vitais do corpo como o metabolismo energético e nutricional, ou devido ao hipertiroidismo, quando a glândula tiroide produz, o efeito oposto, excesso de tiroide no corpo. No primeiro caso, os pacientes sofrem de sintomas como cansaço, intolerância ao frio, pele seca e, por vezes, unhas frágeis, queda de cabelo, voz rouca, sonolência, lentidão mental, perda de memória e de capacidade de concentração, alterações de humor, constipação, anemia… Por outro lado, quando se sofre de hipertiroidismo, na maioria das vezes, sente-se nervosismo, irritabilidade, ansiedade, hiperatividade, insónias, intolerância ao calor, aumento da transpiração, taquicardias, palpitações, tremores, fraqueza muscular, aumento do ritmo intestinal. Também é frequente o aumento de apetite ligado a uma perda de peso.
Ainda que 10% da população portuguesa sofra de alterações na tiroide, de acordo com a Associação das Doenças da Tiroide (ADTI), parte das pessoas ainda estão por diagnosticar. É por isso que todos os médicos especialistas recomendam que faça análises para verificar o estado da tiroide, assim como a adoção de um comportamento para proteger esta glândula. Caso já sofra desta doença, é necessário colmatar a deficiência de iodo, uma vez que esta insuficiência causa bócio (tiroide grande):
- Alimentos ricos em iodo: o iodo desempenha um papel fundamental para a glândula tiroide produzir hormonas da tiroide, portanto a falta do mineral pode causar uma diminuição na produção dessas hormonas e causar hipotiroidismo. Caso contrário, apesar de improvável, o consumo excessivo de iodo pode levar ao hipertiroidismo. Alguns alimentos a considerar no consumo de iodo são:
o Peixe e marisco, como atum, salmão, bacalhau, mexilhões...
o Sal iodado
o Laticínios, como iogurte natural.
o Ovos
o Frutas como morangos ou mirtilos.
Embora exista uma grande variedade de alimentos que contêm iodo, a ADTI recomenda uma alimentação baseada na roda dos alimentos que vai garantir, na maioria das situações, a ingestão adequada de nutrientes, sem necessidade de recorrer a suplementos alimentares.
Também devemos ter em conta os alimentos que contêm substâncias antinutrientes. As substâncias antinutrientes são componentes, sejam substâncias químicas ou outras substâncias naturalmente presentes em algumas plantas, que podem bloquear a absorção e o uso de iodo pelo nosso corpo. Alguns dos alimentos que contêm substâncias antinutrientes são:
- Repolho
- Couve-flor
- Couve de Bruxelas
- Brócolos
- Nabos e rabanetes
No entanto, estes alimentos não estão expressamente proibidos nas dietas para cuidar da tiroide, porque se forem cozidos ou fermentados, o seu efeito tóxico não acontece, graças ao calor da confeção.
Por último, recomenda-se que pratique desportos moderados e que recorra a um especialista com uma frequência regular para adotar uma dieta com baixo teor calórico, ingerindo os nutrientes essenciais, uma vez que as necessidades do corpo variam com o tempo.
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