No dia 19 de outubro, o mundo inteiro veste-se de cor-de-rosa. Esta cor representa a luta contra o cancro da mama e, sobretudo, a sobrevivência das mulheres que sofrem desta doença. Anualmente, não se assinala apenas durante este dia, uma vez que outubro é considerado o mês do cancro da mama, e tem como objetivo aumentar a consciencialização das pessoas, a deteção precoce, o tratamento e os cuidados paliativos.
O cancro da mama é, de longe, o mais frequente entre as mulheres nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Todos os anos surgem 1,38 milhões de novos casos e 458.000 mortes devido ao cancro da mama. Segundo dados da Liga Portuguesa Contra o Cancro, em Portugal surgem 6000 novos casos de cancro da mama por ano e morrem, diariamente, 4 mulheres.
A investigação – essencial neste tipo de doença – e a eficácia dos seus tratamentos, fazem com que, e este é um fator positivo, a sobrevivência ao cancro da mama em 5 anos, seja superior a 90%. Ou seja, mais de 9 em cada 10 mulheres que sofrem de cancro da mama sobreviveram após 5 anos de ter sido diagnosticada a doença.
Mas não são só a investigação e os tratamentos disponíveis que tornam possível este número positivo de sobrevivência: a deteção precoce é fundamental na luta contra o cancro da mama. Se esta doença for detetada numa fase inicial, é estabelecido um diagnóstico adequado e é possível haver tratamento, sendo que as hipóteses de cura chegam quase a 100% dos casos.
Para detetar esta doença, que é a principal causa de morte por cancro nas mulheres, é importante:
- Realizar mamografias: Esta é a técnica mais eficaz para detetar o cancro em fases muito iniciais, até dois anos antes de as anomalias serem palpáveis.
- Autoexame: Não se trata de um exame em si, nem exclui a realização de mamografias, mas a verdade é que o autoexame da mama pode ajudar a detetar anomalias. No caso de constatar algo estranho, deve consultar de imediato um médico.
- Embora não seja possível prever o cancro da mama como tal, é aconselhável seguir alguns conselhos básicos de vida saudável: seguir uma alimentação saudável, praticar exercício físico de forma regular e não se esquecer de fazer exames médicos.
Tudo o que deve saber sobre as mamografias
A mamografia é o exame realizado às mulheres para diagnosticar o cancro da mama, mesmo antes de aparecerem as primeiras anomalias palpáveis. Optámos por mencionar este exame, uma vez que não apresenta grandes riscos para as pacientes, e é bastante seguro. Uma mamografia é simplesmente uma radiografia da mama que utiliza Raios-x.
Existem dois tipos de mamografias: de rastreio e de diagnóstico. As primeiras fazem parte de exames médicos, e têm com objetivo controlar se está tudo bem. As de diagnóstico são realizadas após ter sido detetado um resultado fora do normal no exame anterior e têm como objetivo o foco na área específica em que a anomalia foi detetada.
Uma das perguntas mais frequentes é sobre a dor durante a realização de uma mamografia. Neste sentido, é normal que para algumas mulheres este exame seja desconfortável, dependendo da sensibilidade. No entanto, é importante o conhecimento da mama durante o exame, para que o resultado possa ser claro.
Outras mulheres mostram-se preocupadas com a radiação da mamografia. No entanto, tal como explicámos anteriormente, a dose de radiação recebida durante a realização deste exame, é muito reduzida. Portanto, este exame é completamente seguro.
Qualquer dúvida que possa surgir, recomendamos que consulte o seu médico para esclarecimento de dúvidas. Além de que deve ter em conta, sobretudo, a importância da realização destes exames de deteção precoce para que, caso seja necessário, possa iniciar a luta contra o cancro da mama o mais rápido possível.
Escreva um comentário
O seu comentário será analisado pelos nossos editores antes de ser publicado. O seu endereço de e-mail nunca será publicado.