A Organização Mundial do Trabalho, um organismo especializado dependente da Organização das Nações Unidas, celebra todos os dias 28 de abril - desde 2003 - o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho. Este tem sido, desta forma, o dia candidato para o movimento sindical mundial para prestar homenagem às vítimas dos acidentes de trabalho e das doenças profiláticas. Mas é algo que nos deve mover todos os dias.
Este ano o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho e o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil constituíram uma oportunidade de trabalho conjunta para melhorar a segurança e a saúde dos trabalhadores jovens por fim ao trabalho infantil.
Os 541 milhões de trabalhadores com idades entre os 15 e os 24 anos (entre os quais há 37 milhões de crianças em situação de trabalho infantil perigoso) representam mais de 15 por cento da força de trabalho internacional e sofrem até 40 por cento mais acidentes não mortais do que os adultos com mais de 25 anos.
Muitos fatores podem aumentar a vulnerabilidade dos jovens face aos riscos no trabalho, tais como a fase de desenvolvimento físico e psicológico, a falta de experiência de trabalho e de formação, a conscientização limitada dos riscos relacionados ao trabalho e falta de poder de negociação, que pode levar os jovens trabalhadores a aceitar tarefas perigosas ou más condições de trabalho.
Objetivos da agenda 2030
Para cumprir os objetivos da Agenda 2030, os países membros devem "proteger os direitos laborais e promover um ambiente de trabalho seguro para todos os trabalhadores, incluindo os trabalhadores migrantes, particularmente as mulheres migrantes e as pessoas com empregos precários".
Entre todos os objetivos propostos pela ONU na Agenda 2030, o número 8 refere-se, em particular, à promoção do "crescimento económico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos". Daí a importância que as Nações Unidas dão à busca de ambientes favoráveis e seguros para o bem-estar dos trabalhadores em todo o mundo.
Como dados preocupantes, deve-se notar que houve 313 milhões de acidentes em todo o mundo que causaram ferimentos e 350.000 acidentes de trabalho mortais. Além disso, as Nações Unidas reconhecem que, em muitas áreas, o stress derivado da atividade laboral é amplamente reconhecido mundialmente. O mesmo foi tema analisado em 2016, no qual foi apresentado um relatório para a conscientização da magnitude do problema.
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