No dia 15 de julho celebra-se o Dia Mundial das Competências dos Jovens e as Nações Unidas comemoram-no com o evento Agenda 2030 sob o tema “Desenvolvimento das competências para melhorar o emprego jovem”. O encontro é coorganizado com as Missões Permanentes de Portugal e do Sri Lanka junto das Nações Unidas, a UNESCO e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O objetivo é conhecer o que é mais apropriado para apoiar os jovens no mercado laboral atual e do futuro. No cenário atual deparamo-nos com a realidade de que os jovens têm praticamente três vezes mais probabilidades de estar desempregados do que os adultos e de realizar trabalhos de baixa qualidade.
A OCDE fez algumas sugestões sobre possíveis formas de reforçar a ação nos próximos anos, enquanto a conjuntura económica vai melhorando:
- Assegurar que todos os jovens saem da escola com uma gama de competências importantes
- Ajudar os alunos que não completam os estudos a ingressar no mercado de trabalho
- Desmantelar as barreiras institucionais ao emprego jovem
- Identificar e ajudar a integrar os “nem-nem” (nem estudam, nem trabalham)
- Facilitar uma melhor compatibilidade entre as competências dos jovens e os empregos
A situação em Portugal
Segundo os dados da Pordata, a taxa de desemprego jovem atingiu o seu pico durante os anos em que o país esteve sob vigilância da Troika e sob fortes medidas de austeridade. Em 2012, praticamente 55% dos jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 19 anos estavam desempregados, assim como como 35% dos jovens com idades entre os 20 e os 24 anos estavam no desemprego em 2013.
A análise social do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa demonstra as diferenças entre rapazes e raparigas jovens, quanto aos níveis de dependência financeira em relação à família. Essa mesma dependência, como é normal, entre os jovens dos 15 aos 17 anos é bastante elevada. A diferença entre os sexos começa a revelar-se logo entre os 18 e os 20 anos, com 50% dos rapazes e 70% das raparigas a dependerem financeiramente das suas famílias. Igualmente, entre os 21 e os 24 apenas 30% dos rapazes dependem das suas famílias, enquanto nas raparigas a percentagem é de 50%.
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