Amanhã celebra-se o Dia Mundial Humanitário sob o lema “O Mundo que preferirias”. Para todos nós é uma recordação anual da necessidade de atuar para aliviar o sofrimento. É também uma ocasião para honrar os trabalhadores humanitários e os voluntários que estão presentes na primeira linha de conflito e especialmente os que perderam a vida nesta nobre atividade. Prestamos homenagem aos homens e mulheres dedicados que enfrentam o perigo para ajudar os outros que correm riscos ainda maiores.
A campanha tem objetivos concretos: recolher dinheiro para o Fundo Central de Resposta a Situações de Emergência estabelecido pelas Nações Unidas e conseguir o apoio de pessoas de todo o mundo para que atuem como mensageiros da humanidade. Necessitamos que todas as pessoas exijam às suas sociedades e aos seus Governos que coloquem a humanidade em primeiro plano.
Um recorde de 130 milhões de pessoas depende de ajuda humanitária para sobreviver. Ao todo, estas pessoas necessitadas constituiriam a décima nação com mais população da Terra.
Que entidades da ONU prestam ajuda humanitária?
Há quatro entidades da ONU que desempenham papéis fundamentais na hora de prestar ajuda humanitária: o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD), a Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA). O PNUD é a agência responsável pelas operações de mitigação e prevenção de desastres naturais e de preparação para estes. Quando ocorre uma emergência, os coordenadores residentes do PNUD coordenam as equipas de socorro e reabilitação a nível nacional.
Ajudar os refugiados
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) surgiu no pós Segunda Guerra Mundial para ajudar os europeus deslocados pelo conflito. A agência dirige e coordena medidas internacionais para proteger os refugiados e solucionar os seus problemas em todo o mundo. A Assembleia Geral criou o Organismo de Obras Públicas e Socorro das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina e do Médio Oriente (UNRWA) para prestar auxílio de emergência a 750 mil refugiados palestinianos que perderam as suas casas e meios de vida como resultado do conflito israelo-árabe de 1948.
Ajudar as crianças
Desde a sua fundação, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) tem trabalhado para alcançar o máximo de crianças possível e proporcionar-lhes soluções efetivas e exequíveis com o objetivo de neutralizar as principais ameaças para a sua sobrevivência. A UNICEF também insta constantemente os Governos e as partes beligerantes a protegerem as crianças de forma efetiva.
Alimentar os famintos
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) presta auxílio a milhares de pessoas vítimas de desastres. É responsável por mobilizar alimentos e fundos nas operações de alimentação para refugiados em grande escala coordenadas pelo ACNUR. Frequentemente recorre-se à Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) para ajudar os agricultores e criadores de gado a restabelecer a produção após inundações, epidemias que afetem o gado e emergências similares. O Sistema Mundial de Informação e Alerta Inicial da FAO publica relatórios mensais sobre a situação alimentar mundial. Os alertas especiais, dirigidos aos Governos e organizações humanitárias, identificam os países ameaçados pela escassez de alimentos.
Tratar os doentes
A Organização Mundial da Saúde (OMS) coordena a resposta internacional a emergências de saúde. A OMS é responsável por liderar em temas de saúde mundial, programar a agenda de investigação na saúde, estabelecer critérios e padrões, articular políticas fundamentadas em factos e proporcionar assistência técnica aos países, para além de supervisionar e assessorar em matéria de saúde. No século XXI, a saúde é uma responsabilidade partilhada que requer um acesso equitativo aos serviços de saúde básicos e uma defesa coletiva perante os perigos transnacionais.
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