A juventude portuguesa sofreu muito para conseguir o acesso ao mercado laboral nestes quase dez anos em que durou a crise económica. Apesar disso, muitos dados apontam que a resolução deste problema está cada vez mais perto. Por exemplo, em Portugal, a taxa de jovens com menos de 25 anos desempregados recuou, em fevereiro, para os 25,5% face aos 30,1% homólogos e aos 25,6% de janeiro.
Embora os dados recuperação do mercado laboral, o desemprego juvenil em Portugal está entre os piores de toda a zona euro, afetando quase um terço dos jovens com menos de 25 anos.
Emprego precário e poucas oportunidades
Apesar da recuperação do mercado do trabalho, segundo dados do INE, 62,4% dos jovens portugueses até aos 24 anos ainda têm um contrato temporário, sendo que Portugal é o terceiro país da UE com maior precariedade entre os jovens. Pior só na Eslovénia e na Espanha.
Com a recuperação da economia espera-se que o peso dos contratos a termo recue e que os salários subam. Uma tendência que o aumento das contribuições para a Segurança Social ao longo dos primeiros meses de 2017 parece confirmar.
Os números mostram outros aspetos negativos como por exemplo, o facto de que os jovens portugueses serem obrigados a sair do seu país para prosperar economicamente ou profissionalmente. O cruzamento de dados da Pordata evidencia que, em 2014, um dos anos mais agudos da crise, a faixa etária entre os 15 e os 29 representou uma importante parcela da emigração, 39,5% do total de emigrantes permanentes e 43% dos temporários.
A escassez de oportunidades impulsiona os trabalhadores jovens a retomar os estudos ou a procurar novas oportunidades fora de Portugal, o que se resume numa descida de população ativa.
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