null Fisioterapia infantil: muito mais que massagens

Fisioterapia infantil: muito mais que massagens

A fisioterapia está normalmente associada a problemas musculares em adultos, mas esta disciplina da Saúde vai muito além desta aplicação. A massagem terapêutica aplicada aos mais novos ajuda a resolver problemas respiratórios, cólicas e até mesmo patologias neurológicas, entre outras patologias. E nos últimos anos o uso de fisioterapia como forma de tratamento tem vindo a recuperar a sua importância.

Por vários motivos a Fisioterapia tornou-se na solução ideal para determinadas complicações, mal-estares e patologias, mesmo para os mais novos. Deste modo, as vertentes respiratória, neurológica e homeopática da Fisioterapia infantil são das mais escolhidas pelos pais para melhorar a qualidade de vida dos bebés entre os 0 e os 3 anos.

A PSN falou com a fisioterapeuta Maria Doporto e partilha neste texto quais as especialidades fisioterapêuticas mais apropriadas para diferentes tipos de doenças.

A fisioterapia respiratória infantil é hoje uma das terapias mais eficazes para o tratamento de patologias como a bronquiolite. A técnica permite que, por meios físicos (variações do fluxo respiratório, palmas, vibração...), se elimine o muco acumulado no trato respiratório, evitando os problemas crónicos e diminuindo a necessidade de consumo de antibióticos e outros tipos de medicamentos.

Além disso, de acordo com esta especialista, o papel da fisioterapia respiratória infantil não é o de responder apenas aos processos patológicos que já afetam o paciente, mas também o de ajudar a prevenir o seu surgimento, colocando em prática uma educação respiratória correta, pelos pais e pelos filhos.

“Isto é conseguido através de exercícios tão simples como assoar bem o nariz, drenar e limpar as vias aéreas superiores e melhorar o processo respiratório.”

As cólicas infantis são também uma fonte de preocupação para os pais. O choro desconsolado, a irritabilidade do bebé e o desconforto ao nível gástrico podem melhorar bastante graças à fisioterapia. "Através de uma massagem que é ensinada aos pais, bem como usando técnicas de osteopatia craniana, esses sintomas podem ser aliviados e, deste modo, consegue-se melhorar consideravelmente o estado do bebé".

Outros desconfortos intestinais

Infelizmente o desconforto gastrointestinal dos mais novos não se manifesta apenas através das cólicas. Outros processos frequentes passam pela obstipação, pela acumulação de gases e por outros desconfortos intestinais, que podem igualmente ser abordados pela fisioterapia e osteopatia, melhorando o processo visceral e a qualidade de vida do bebé.

A fisioterapia neurológica pressupõe um campo de abordagem importante e abrangente, especialmente nas situações em que há alguma alteração do desenvolvimento psicomotor. Neste caso, a estimulação do sistema nervoso desempenha um papel fundamental na abordagem multidisciplinar. "Não é necessário que haja um diagnóstico antes de ir ao consultório do fisioterapeuta; a estimulação precoce como resposta a determinadas dificuldades detetadas pode ajudar a sua reabilitação, evitando que o desenvolvimento de determinada habilidade não seja comprometido”.

Além disso, patologias como a paralisia do plexo-braquial do recém-nascido ou a espinha bífida também podem ser favorecidas pela reabilitação com fisioterapia.

Também as dores nas costas, a escoliose ou outras doenças traumatológicas são mais frequentes do que se possa pensar, especialmente no caso das crianças em ambiente escolar, quando carregam pesadas mochilas ou realizam certas atividades físicas. Nest6es casos as costas e os membros superiores e inferiores estão sujeitos a lesões muito precoces, que quanto mais cedo forem tratadas menor será o impacto na adolescência ou na idade adulta.

Por fim, a fisioterapia e osteopatia infantil podem ainda servir para melhorar os processos de obstrução lacrimal, alterações de postura, estimulação precoce e de mais um amplo rol de situações, razão que leva a nossa profissional a aconselhar a consulta de um fisioterapeuta logo no início de um sinal ou doença específica, para que não se transforme em algo mais grave que se pode repetir com frequência.

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