null Fundos de investimento: conceitos básicos

Fundos de investimento: conceitos básicos

Se está a pensar em poupar ou investir o seu dinheiro a médio-longo prazo, deve aprender alguns conceitos financeiros básicos. Pode ser que tenha alguns conhecimentos, mas não tenha os aspetos básicos devidamente consolidados. Seja qual for o seu caso, queremos ajudar a compreender o que é um fundo de investimento e as principais vantagens do mesmo.

Os fundos de investimento são também chamados de Organismos de Investimento Coletivo ou pela sua abreviatura OIC. Reúnem as aplicações de dinheiro de diferentes investidores (chamados participantes) que cedem aos gestores profissionais a decisão de investir esse património total em diversos ativos (obrigações, ações, divisas, produtos não financeiros como o imobiliário ou as matérias-primas). Em troca, os investidores recebem unidades de participação do fundo.

É importante destacar que os gestores profissionais devem seguir regras estabelecidas: a filosofia de investimento do fundo. Assim, podemos classificar os fundos de acordo com os valores em que investe e o nível de risco. Simplificando, os participantes podem optar por um fundo de investimento de rendimento variável com um alto nível de risco, um com uma posição intermédia de risco e rendimento fixo, ou por um mais conservador de rendimento fixo.

Conceitos para entender os fundos de investimento

Participantes

São proprietários de uma parte do património do fundo de investimento, correspondente ao valor das suas aplicações. A figura do participante funciona da mesma forma da do acionista de uma empresa. Os participantes entram no fundo de investimento no momento da sua constituição ou num momento posterior, e podem sair a qualquer momento (obtendo o reembolso do seu investimento).

Sociedade Gestora

Como explicámos no início, serão gestores profissionais a investir o capital do fundo. Mas este tem a característica de carecer de personalidade jurídica. Em seu lugar, falamos de Sociedade Gestora como a entidade encarregada de gerir e administrar o fundo. Sobre este conceito, importa esclarecer três aspetos fundamentais:

  • Não é a proprietária do fundo de investimento. Esse papel corresponde aos participantes.
  • A sua função é decidir onde se investe o património.
  • Segue as “normas” inscritas na filosofia do fundo.

Entidade Depositária

Neste caso, a função é a de custodiar e vigiar o património (os valores e o numerário) do fundo. Pode ser um banco, entre outras entidades, que tem um certo controlo sobre a sociedade gestora, a favor sempre dos participantes.

5 vantagens de ser participante

  • Gestão profissional. Como vimos, um elemento fundamental dos fundos de investimento são os gestores do mesmo. Trata-se, pois, de confiar parte das suas poupanças a uma equipa profissional, com conhecimento e experiência.
  • Acesso a qualquer mercado. Os fundos de investimento colocam ao nosso alcance o poder investir em qualquer mercado mundial, aos quais, provavelmente, não teríamos acesso de forma individual.
  • Diversificação do investimento. O património deve repartir-se entre diferentes ativos.
  • Transparência. No momento de investir, o aforrador pode ter dúvidas sobre a solvência e a fiabilidade da entidade. Os fundos de investimento não geram essas dúvidas ao estar sob constante regulação e controlo. Em Portugal, por exemplo, o regulador é a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
  • Vantagens fiscais. Podemos transferir o nosso património entre fundos sem pagar às Finanças.
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