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Quais as idades de reforma na Europa?

Como consequência da crise económica mundial, muitos países da União Europeia como Espanha, França, Alemanha, Grécia, Irlanda e Portugal aumentaram a idade da reforma. Estas mudanças nas pensões não satisfazem os futuros pensionistas que terão de descontar mais para usufruírem da pensão.

Vejamos qual o contexto em cada um dos seguintes estados:

 

O lado bom da crise

 

  • Alemanha: contrariamente ao sucedido noutros países da União Europeia, o governo aprovou um projeto lei para antecipar a reforma para os 63 anos de idade, o que coloca a Alemanha entre os países com a idade de reforma mais baixa.
  • Bélgica: a pensão máxima é dada após 45 anos completos de descontos, mas é possível optar-se por uma reforma antecipada aos 60 anos sem redução de coeficientes. No entanto, prevê-se que esta medida sofra alterações e a pré-reforma seja adiada para os 62 anos.
  • Espanha: mesmo sendo um dos países mais castigados pela recessão, a Espanha tem uma das idades de reforma mais baixas, dos 65 aos 67 anos, em função dos descontos. No futuro, espera-se um reajuste global.

 

Os países estigmatizados pela recessão económica

 

  • França: o governo conservador de Sarkozy provocou reações de descontentamento quando aumentou a idade de reforma para os 62 anos, sendo a França, tradicionalmente, um dos standards do estado social na Europa. Hollande, no entanto, teve que estabelecer 43 anos de descontos, para que o sistema não colapsasse.
  • Dinamarca: o país escandinavo, também um dos standards do estado social e um dos países europeus onde se pagam mais impostos, está a endurecer os privilégios. Entre 2019 e 2022, os futuros pensionistas entrarão na reforma aos 67 anos (atualmente são 65) e a reforma antecipada situar-se-á nos 62 anos de idade, desde 2014 até ao próximo ano.
  • Portugal: um dos países mais castigado pela crise e que inclusive teve de pedir um resgaste financeiro. Já tinha aumentado a idade da reforma para os 65 anos em 2006, tendo sido aumentada para os 66 anos, com fortes penalizações retributivas para quem opte pela reforma antecipada.
  • Grécia: sem dúvida, o país mais afetado pela crise e dívida externa. 67 anos é idade mínima para receber a pensão, numa reforma em que os pensionistas perdem a cada ano que passa mais poder de compra, para fazer frente ao pagamento de um terceiro resgaste financeiro.
  • Irlanda: outro país resgatado pela crise económica, que decidiu nacionalizar os bancos e comprometeu-se a modificar o sistema de pensões. A idade de reforma é atualmente de 66 anos, porém, aumentará para os 67 anos em 2021 e para os 68 anos em 2028.
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