Muitos estudos confirmam que os denominados Millennials, aqueles que atingiram a maioridade durante a mudança de milénio, estão a dar a volta a muitos aspetos da vida diária, assumidos durante as décadas transatas.
Desta vez vamos abordar a forma como os estudantes se relacionam com as empresas. Segundo um estudo da consultora KPMG, tal é a importância que os jovens dão às novas formas de entender o mundo, que 84% confirma que não trabalharia para uma empresa cujos valores não estejam em consonância com os seus.
Os jovens querem trabalhar em empresas com impacto positivo
Tal é a consciência que as novas gerações estão a adotar em relação a sustentabilidade, ecologia, consumo responsável, etc. que exigem o mesmo das empresas. Não só daquelas de que consumem produtos e serviços, mas também daquelas que sentem que um dia podem integrar os quadros.
Tanto assim é que 89% dos estudantes inquiridos (4.165 alunos dos ramos empresarial, científico, tecnológico, engenharias e matemática) afirmam que trabalhar numa organização que “marque positivamente a diferença no mundo” é algo importante.
De facto, noutro estudo a nível europeu, Generation What, 62% dos jovens com idades compreendidas entre os 16 e os 34 anos confirmam que entendem o trabalho como uma via de realização pessoal face aos restantes que apenas o qualificam como uma via para obter um rendimento económico.
Neste aspeto, no inquérito realizado pela KPMG, 79% considera que “trabalhar para uma organização com um propósito sólido é mais importante que conseguir o salário mais alto possível”. Portanto, pode ver em todas estas respostas que o firme compromisso dos jovens com os valores e ideais, extraordinariamente enraizados nas novas gerações que, antes de mais, procuram uma mudança para melhor a nível social. No estudo, uns contundentes 92% asseguram que, na hora de escolher a primeira empresa para trabalhar, é fulcral que tenha “uma visão apaixonante”.
Mentalidade global para uma geração globalizada
Neste estudo também se reflete a ambição da geração Millennial de romper fronteiras para se desenvolver tanto profissionalmente como pessoalmente. A amostra deste inquérito representa estudantes das melhores universidades do mundo que transmitiram, firmemente, a convicção de que sair dos seus países para trabalhar não é somente uma possibilidade, mas também um aliciante: 84% destes afirmam que estariam dispostos a mudar de país, temporariamente, se lhes fosse oferecido um cargo interessante.
Cerca de 65% pensam trabalhar em dois a quatro países durante a sua carreira e 27% em mais de quatro.
Como conclusões do estudo, a consultora KPMG assinala que aqueles que fazem parte da geração Millennial “estão especialmente motivados para realizar trabalhos em benefício da sociedade” e fazer parte de empresas que geram um impacto positivo. Também destaca “a ambição de aprender, ter o domínio das suas competências e adquirir experiência rapidamente para que possam progredir nas suas carreiras”.
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