Segundo dados do Ministério da Ciência e Tecnologia e Ensino Superior, publicados no portal infocursos, pode estabelecer-se com alguma segurança as probabilidades de encontrar trabalho dependendo do curso universitário que se escolhe. Em Portugal, no ano de 2015, havia 37 cursos com taxa de desemprego zero.
A seguinte tabela mostra quais os cursos com taxa de desemprego zero, indicando a instituição de ensino e o número de diplomados:
Em sentido contrário, a tabela abaixo identifica os 14 cursos com mais de 25% de taxa de desemprego, em Portugal, em 2015:
A estes números é preciso somar os diferentes fatores que contribuem, quase de forma orgânica, para a destruição de perfis profissionais que existem desde sempre. Estamos perante um novo cenário laboral pós-crise: olá novos profissionais, adeus velhos empregos!
Fatores que aceleram a transformação laboral
Não são difíceis de identificar, mas é verdade que apenas conseguimos ver a ponta do icebergue da mudança que se aproxima a grande velocidade.
- A tecnologia digital. A tecnologia está cada vez mais presente no dia-a-dia e conseguiu modificar o ambiente profissional. A tecnologia já está totalmente integrada nos processos laborais e o ambiente digital é uma área muito importante – inclusive em algumas empresas é a base do negócio – a que se deve prestar uma atenção especial.
- A robótica. A implementação de grandes estruturas robóticas no sector industrial, substituindo a mão-de-obra humana é, de longe, o fator que mais condiciona a transformação e, também, a extinção de postos de trabalho.
Profissões que vão desaparecer
Nas próximas décadas vão desaparecer os trabalhos manuais suscetíveis de serem substituídos por uma máquina ou computador. Além disso, vão extinguir-se as posições intermédias que não dão um valor acrescentado suficiente.
Uma fonte segura para saber quais são estas profissões é o US Bureau of Labor Statistic (BLS), dos EUA, que realiza previsões sobre a evolução do emprego. Segundo as suas projeções para 2024, nas mais de mil profissões analisadas, estes são os trabalhos concretos nos quais se perderão mais empregos:
- Instaladores de equipamentos eletrónicos em veículos
- Operadores de informação telefónica
- Trabalhadores dos correios
- Técnicos de tratamento fotográfico
- Reparadores de calçado
- Costureiros, operários têxteis e modelistas
- Operários de moldes de metal e plástico
- Relojoeiros
- Técnicos de pré-impressão
O processo de destruição de emprego é inevitável, mas há empregos que vão aguentar quinze ou vinte anos e outros que vão desaparecer, certamente, em menos de uma década ou que vão ficar reduzidos à expressão mínima.
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