null Os mais pequenos, ao sol, protegidos

Os mais pequenos, ao sol, protegidos

A luz do sol, como fonte de vitamina D, promove a fixação do cálcio nos ossos sendo muito benéfica para todos, sobretudo para as crianças em etapa de crescimento. Mas uma prolongada exposição sem proteção pode acarretar uma série de problemas sérios para a saúde, segundo os especialistas na matéria.

Por este motivo, a farmacêutica Mª. Ángeles de la Cruz, aconselha diariamente, sobretudo no verão, todos os pais que se deslocam à sua farmácia, sobre quais são as melhores medidas para proteger os mais pequenos dos raios ultravioleta, tão prejudiciais para a sua saúde. “Todos devemos proteger-nos, mas os mais pequenos necessitam de um especial cuidado porque a sua pele é muito delicada. A sua epiderme está totalmente virgem e é muito vulnerável, pelo que tem maiores riscos de ser agredida”. Segundo a farmacêutica, é muito importante começar com uma exposição gradual e progressiva com um protetor solar com um índice de proteção adequado, já que segundo a Fundação espanhola do Cancro de Pele a utilização de foto-proteção durante os primeiros 18 anos de vida diminui em 78% a probabilidade de desenvolver cancro de pele no futuro.

Por este motivo, a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) lançou o projeto ‘Heróis do Sol Saudável’, uma iniciativa que vai na sua 4ª edição e pretende chegar a meio milhão de crianças, entre os 6 e os 10 anos de idade. O projeto, que conta com o apoio da Direção Geral de Educação, tem como objetivo promover o comportamento responsável no que respeita à exposição solar. Em paralelo, a Liga Portuguesa Contra o Cancro também lançou este ano um novo vídeo de sensibilização para o cancro da pele que estará presente nos maiores festivais de verão, canais de televisão e cinemas.

Os especialistas aconselham que se deve proteger a pele de forma adequada com produtos que proporcionem conforto e segurança para evitar irritação ou comichão, e para evitar as queimaduras é recomendável proteger os mais pequenos com um índice de FPS 50 (que indica o tempo que demora um eritema a aparecer numa pele protegida). É importante aplicar o creme sobre a pele seca, de forma generosa e trinta minutos antes da exposição ao sol. Além disso existem outras recomendações: evitar a exposição solar nas horas de maior incidência e intensidade (de 12 a 16 horas); hidratar o menor continuamente com água e sumos; renovar a aplicação de protetor com frequência, sobretudo quando as crianças estão em contacto com a água; usar outros métodos de proteção como os chapéus, as t-shirts e os óculos de sol de alta qualidade com cristais polarizados segundo a normativa europeia para proteger totalmente o menor dos raios ultravioleta.

Se apesar de todas as precauções a criança sofrer alguma queimadura, pode dirigir-se à farmácia para um primeiro diagnóstico e avaliar o grau das queimaduras. Se forem ligeiras, o farmacêutico recomendará os produtos adequados para tratar o problema. Se o grau de queimadura solar for superior, o profissional dirigirá a família ao médico para que lhe proporcione um tratamento o mais rápido possível.

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