Quando falamos de atos solidários que podem ter um grande impacto a nível social sem exigir grandes esforços, a doação de sangue é, sem dúvida, um deles. Transfusões de sangue salvam milhões de vidas por ano; na verdade, uma simples doação pode salvar três vidas, por isso, é essencial sensibilizar doadores a nível mundial para que consigamos aumentar o número dessas ações de responsabilidade social. No entanto, a falta de informação e os principais mitos sobre a doação de sangue impedem muitas pessoas de o fazer. Todos os anos, no dia 14 de junho, o Dia Mundial do Dador de Sangue é celebrado mundialmente pela Organização Mundial de Saúde (OMS), apelando à necessidade de serem realizadas doações de sangue com maior frequência, garantindo sempre a segurança e a qualidade de vida de quem doa.
Doações e transfusões de sangue, de acordo com a OMS, são de vital importância nos seguintes casos: pacientes submetidos a intervenções cirúrgicas avançadas, mulheres que sofrem de hemorragias devido a gravidez ou parto, anemia severa em crianças devido a malária e desnutrição, pacientes que sofrem de distúrbios hereditários da hemoglobina, imunodeficiências, distúrbios hematológicos e da medula óssea, em caso de emergências e acidentes ...
A fim de contribuir para a disseminação do conhecimento sobre as doações de sangue e, assim, incentivar a população a realizar esta ação, referimos alguns dos principais mitos e verdades sobre esta ação.
“Fazer uma doação de sangue não tem idade”
Esta afirmação é falsa. Entre os principais requisitos para realizar uma doação de sangue é ter entre 18 e 65 anos. O doador deve ainda pesar mais de cinquenta quilos, sentir-se bem de saúde e, caso tenha alguma doença transmissível, não poderá fazê-lo.
“Se tem tatuagens não pode doar sangue”
Completamente falso. Depois de 4 meses de ter feito uma tatuagem ou um piercing, qualquer pessoa pode fazer uma doação de sangue, desde que cumpra os restantes requisitos.
"Posso sofrer o risco de ser infectado por uma doença"
Outra das crenças mais comuns é que o doador pode ser infetado devido aos meios utilizados na recolha do sangue e ao ambiente no geral. No entanto, é totalmente falso, já que todos os materiais usados na extração são estéreis e de uso único, portanto, qualquer tipo de infeção é praticamente impossível.
“Se esteve doente recentemente não pode dar sangue”
Esta afirmação está correta, pois algumas doenças impedem temporariamente que posso fazer uma doação. O tempo de espera para doar sangue dependerá do tipo de doença que tenha tido. Por exemplo, se tomou antibióticos ou teve febre, deve esperar quinze dias desde o seu consumo. Quanto a intervenções cirúrgicas, o doador deve esperar uma semana se a cirurgia for menor e quatro meses quando é uma cirurgia maior. Pessoas diabéticas que seguem um tratamento com insulina não podem doar sangue. Em qualquer dos casos, os profissionais de saúde são aqueles que devem avaliar cada paciente e cada doença.
“Só pode doar sangue uma vez por ano”
Falso. Por norma, uma doação pode ser feita a cada dois meses, não podendo doar mais de quatro vezes ao ano, no caso dos homens, e três vezes, no caso das mulheres. Isso ocorre porque os valores da hemoglobina em mulheres em idade fértil são menores em comparação aos valores masculinos devido à menstruação.
Uma vez que tenhamos superado e aprendido sobre os principais mitos e verdades sobre a doação de sangue, devemos seguir os conselhos essenciais indicados no site dador.pt através das perguntas mais frequentes. Alguns desses conselhos são:
- Se é fumador, é aconselhável esperar duas horas depois de dar sague para evitar tonturas;
- É altamente recomendável não praticar desporto ou levantar pesos nas horas após a doação, pois também pode produzir desmaios;
- É conveniente ter comido bem antes de dar sague, evitando consumir alimentos ricos em gordura;
- Peça informações no centro de saúde mais próximo e/ou num médico de confiança;
Está interessado em doar sangue e é a sua primeira vez? Aconselhamos que supere todas as barreiras que o impedem de o fazer e ajude a salvar vidas!
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