Felizmente, a maioria das mulheres está consciente de que o álcool e a gravidez não são compatíveis. Conhecem os riscos e evitam consumir qualquer bebida alcoólica não só durante os nove meses de gravidez, mas também durante o período de lactação. No entanto, a consciencialização ainda é necessária para todas as mulheres que não seguem esta recomendação. E, sem dúvida, que esta tarefa começa com o conhecimento de por que é que as mulheres grávidas não devem ingerir bebidas alcoólicas.
Para começar, devemos saber que o álcool é um teratógeno. Isto significa que pode alterar o crescimento e / ou desenvolvimento do feto. O período de maior perigo corresponde ao período embrionário (aproximadamente da terceira à oitava semana). É o período no qual todos os órgãos começam a formar-se. Consequentemente, o perigo é maior do que nas restantes semanas da gravidez, embora não seja exclusivo.
Além disso, existem diferentes tipos de teratógenos: patológicos infeciosos, químicos, físicos ou maternos. No primeiro grupo, é comum falar de rubéola, toxoplasmose ou varicela. Nos agentes químicos, além do álcool, encontramos tabaco, drogas ou alguns fármacos, como calmantes ou antidepressivos. No que se refere aos agentes físicos, referimo-nos à radiação e, por fim, os agentes patológicos maternos são doenças, como o diabetes, de que a mãe sofre e pode colocar em risco o feto.
Existem vários estudos, de diferentes partes do mundo, que alertam sobre a situação em que algumas mulheres grávidas vivem em que continuam a consumir bebidas alcoólicas durante a gravidez. Svetlana Popova realizou uma investigação sobre o consumo de álcool na gravidez e os seus efeitos e foi entrevistada num dos boletins da Organização Mundial da Saúde. "Os cinco países com maior prevalência de consumo de álcool durante a gravidez foram a Irlanda, Bielorrússia, Dinamarca, Reino Unido e Rússia", resumiu como uma das conclusões do relatório.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, Portugal está entre os países que mais álcool consomem. Cada português, em média, consome 12,3 litros por ano, valor superior à média europeia que se situa nos 9,8 litros por ano. Um dos perigos do consumo regular de álcool durante a gravidez é o perigo de o bebé nascer com Síndrome do Álcool (SAF). Diretamente dependente do grau de consumo de álcool da mãe durante a gravidez, estão as consequências para o bebé que se podem traduzir em problemas de comportamento, ausência de crescimento, rosto desfigurado, problemas mentais, entre outros.
Perguntas frequentes sobre o álcool durante a gravidez
Posso beber álcool durante a gravidez? Não. O álcool aumenta o risco de a criança ter defeitos congénitos. Estes defeitos podem passar por ter peso a menos ou crescer mais lentamente, até ter malformações em partes do corpo, como o coração ou os rins, etc.
Em que período da gravidez posso consumir álcool? Não há período de gravidez livre de risco para o futuro bebé.
Existe uma relação entre a dose de álcool e o efeito? Sim. Há maior probabilidade de problemas mais graves em casos de mulheres alcoólicas crónicas. No entanto, há também casos de pequenas doses de álcool durante a gravidez que resultaram em malformações congénitas graves.
Existe uma dose mínima de álcool que pode ser consumida? Não. A única dose mínima segura é zero.
A seguir ao parto, já posso beber álcool? Não. O álcool também é transmitido através do leite materno, portanto, durante o período de lactação, também não deve consumir álcool.
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