O primeiro trimestre de 2017 revelou que a tendência de decréscimo, no seguros de ramo Vida que se vinha a registar há algum tempo se inverteu em Portugal. O sector mostra, assim, sinais de retoma voltando a disparar com força, em parte, apoiado nas oportunidades que o novo clima económico no país oferece, entre outros:
- Mudança cultural e motivacional dos consumidores após anos de austeridade;
- O aparecimento de novos “protagonistas” em cena que trazem novas sinergias. Tais como, os players disruptivos, como as fintech e também as insurtech que vieram para ficar;
- Novos investidores em empresas de países emergentes que procuram no mercado dos seguros o necessário savoir-faire.
Para além das mudanças reguladoras e segundo o Inquérito Europeu a CEO’s elaborado pela PwC , efetivamente, 45% das mudanças no sector foram motivadas pela alteração nos comportamentos dos consumidores e 42% pelos avanços tecnológicos. As operações de concentração que as entidades bancárias experienciaram contribuíram, indubitavelmente, para o seu fortalecimento.
Segundo o relatório referente ao primeiro trimestre do ano da ASF (Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões) a produção de seguro direto do ramo Vida aumentou 8%. Os Planos Poupança Reforma (PPR) registaram um crescimento de 57,2%, face ao mesmo período em 2016, o que fez aumentar o seu peso nos seguros de ramo Vida, representando 33% da produção global.
Os custos com sinistros de seguro direto do ramo Vida diminuíram 38,5% face a 2016, contrariando a tendência de crescimento do período homólogo anterior. Esta evolução pode ser explicada pelo comportamento dos resgates que apresentaram uma diminuição de 32,3% face ao mesmo trimestre no ano passado.
Os produtos que mais triunfam em Portugal
O seguro de Vida associado ao crédito à habitação é o mais requisitado pelos portugueses, pois os bancos apenas concedem um empréstimo, se o cliente associar um seguro. Desta forma a entidade bancária possui uma garantia que a protege, caso a pessoa que faz o empréstimo sofra um qualquer imprevisto.
Os seguros de vida com componente de poupança também são dos mais adquiridos pelos portugueses. Trata-se de um instrumento mediante o qual a seguradora se compromete a pagar uma certa quantidade de dinheiro ao titular do seguro, numa data estabelecida caso continue vivo. Para além de ser um instrumento de poupança, é também um seguro com cobertura em caso de falecimento.
O seguro de Vida Risco: um seguro de vida que cobre a garantia por falecimento do titular do seguro, garantindo ao beneficiário ou beneficiários do seguro, uma quantia previamente contratada na formalização da apólice.
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