A taxa de juro é uma das principais componentes do negócio de qualquer instituição financeira e é uma alavanca fundamental para injetar dinheiro numa economia. Daí a importância de conhecer este conceito mais em detalhe, uma vez que estamos continuamente sujeitos à sua aplicação.
A taxa de juro, em primeiro lugar, é agrupada em dois grandes blocos:
- Juros remunatórios ou compensatórios – são os juros devidos negocialmente como compensação ou remuneração do emprestado e/ou investido.
- Juros de mora – são os juros devidos pelo atraso no pagamento de uma qualquer operação.
São conceitos muito diferentes, que cumprem diversas funções. Neste post vamos abordar especificamente a taxa de juro remunatória, ou seja, a que pagamos a um banco em troca de nos emprestar dinheiro, e também a que uma instituição financeira (banco, companhia de seguros...) nos paga para depositar o nosso dinheiro.
É necessário esclarecer, em primeiro lugar, que os juros e a taxa de juros não são exatamente a mesma coisa: a taxa de juro é apenas um indicador percentual, enquanto os juros são o resultado acrescido com a aplicação dessa percentagem a um determinado valor durante o prazo correspondente.
As Instituições de crédito aplicam as suas próprias políticas para este tipo de operações; no entanto têm o dever de informar mensalmente o Banco de Portugal. Essa obrigação tem um objetivo informativo estatístico e, com ela, o regulador elabora tabelas públicas para consulta.
No Banco de Portugal, além de encontrar informação sobre as taxas de juro praticadas, pode também aceder a conteúdo informativo e formativo sobre as próprias taxas de juro aplicadas em diversos contextos (empréstimos e aplicações), através do Portal do Cliente Bancário.
Quantos tipos de taxas de juros existem?
Quando recebemos publicidade sobre um determinado produto financeiro, é comum destacar informações sobre as taxas de juro associadas a esse produto. Esclarecemos alguns dos conceitos básicos para os utilizadores:
- Fixa e variável
Como o nome indica, no caso de uma taxa de juro fixa é determinado que, durante todo o período contratado, será aplicada sempre a mesma taxa. Já no caso das taxas de juros variáveis, como no caso da Euribor, significa que ela mudará ao longo da vida da transação e está normalmente associada a diferentes produtos (como hipotecas) como a soma de um índice de referência, ao qual é adicionada mais uma percentagem ou diferencial (fixo).
Em alguns casos podemos encontrar situações e operações mistas durante o período de contratação.
- Simples e Composto
Nas operações de com taxas de juros simples os juros não são adicionados ao capital - por exemplo, no caso de um depósito a prazo os juros são depositados numa conta à ordem. Já no caso das taxas de juro compostas os juros obtidos em cada período são adicionados ao capital inicial, constituindo um novo capital que vai também ser remunerado.
- Nominal e real
É um conceito muito delicado e fundamental, por exemplo, para contrair empréstimos com empresas.
Se o período de tempo de cálculo e o período de liquidação dos juros coincidirem, estamos a falar da taxa nominal; para que o montante aplicado num depósito não perca valor ao longo do tempo, é necessário que os juros recebidos compensem a evolução do nível geral dos preços, ou seja, a inflação. A taxa de juro nominal corrigida da inflação designa-se então por taxa de juro real.
É calculada de acordo com uma fórmula matemática padrão e o Banco de Portugal disponibiliza ferramentas e informações que permitem realizar o cálculo ou uma simulação dos valores em causa.
Com o nosso Blog, o seu conhecimento sobre finanças pode sempre ficar um pouco mais rico!
Escreva um comentário
O seu comentário será analisado pelos nossos editores antes de ser publicado. O seu endereço de e-mail nunca será publicado.