Independentemente da forma de intervir e da legislação existente nos diferentes países europeus, a situação de dependência é um facto que tem lugar em todo o mundo e que cada vez afeta um número maior de pessoas devido ao envelhecimento progressivo da população. Estima-se que, em meados do século, 36% dos cidadãos europeus terão mais de 65 anos, e portanto um maior número de habitantes ver-se-á privado de realizar atividades diárias e necessitará de ajuda para fazer face à dependência. Como é abordada esta situação pelos países europeus?
A forma como os diferentes países europeus enfrentam situações de dependência varia segundo o modelo de estado de bem-estar vigente. Os quatro pilares que sustentam todo o estado social são a saúde, a educação, a segurança social e os serviços sociais, sendo estes dois últimos os que entram em jogo na hora de proporcionar assistência em casos de dependência. Joseba Zalakain, do Centro de Documentação sobre Serviços Sociais e política social, distingue quatro modelos de atenção à dependência, entre os quais se repartem alguns dos países. Trata-se do Modelo Liberal, Modelo Nórdico, Modelo Corporativo e Modelo Mediterrânico. Como indica, trata-se de uma categorização baseada em indicadores comuns que alguns dos países têm, como descreveremos abaixo, oferecendo uma breve visão geral da situação de dependência de alguns deles.
Modelo Continental ou Corporativo
No Modelo Continental encontramos países como Alemanha, França, Áustria, Holanda e Bélgica. Dentro deste modelo de estado de bem-estar, a atenção à dependência é um direito baseado tanto num princípio contributivo, como não contributivo. Quer isto dizer que colaboradores e empresas pagam para poder construir planos de previsão para necessidades como a dependência, ao mesmo tempo que existem contribuições não contributivas, como certos impostos.
Países como a Alemanha optam por pagamentos específicos para trabalhadores e empresários, cuja quantia se fixa por lei, com o fim de garantir a estabilidade do estado de bem-estar ante uma contingência, como a assistência em caso de dependência, que implica custos elevados.
Modelo Anglo-saxónico ou Liberal
O Reino Unido ou a Irlanda fazem parte do Modelo Anglo-saxónico do estado social, que conta com um caráter assistencial financiado através de impostos gerais e co-pagamento por parte dos beneficiários. Este modelo outorga uma maior responsabilidade aos indivíduos na hora de cobrir e prever as suas necessidades presentes e futuras, oferecendo uma proteção social mais limitada.
Modelo Nórdico
Como o próprio nome indica, o Modelo Nórdico está presente em países como a Dinamarca, Noruega, Suécia, Islândia e Finlândia e oferece uma maior proteção social aos cidadãos graças às prestações obtidas mediante contribuições ao estado. A prestação dos serviços de dependência baseia-se no princípio de cidadania, fazendo do acesso aos serviços algo mais generalizado.
A evidência da eficácia deste modelo vê-se refletiva em países como Suécia, Noruega ou Dinarmarca, demonstrando os melhores resultados a nível de qualidade de vida entre a população sénior.
Modelo Mediterrânico
Por último, encontramo-nos diante do modelo que engloba Espanha, Portugal, Grécia e Itália. O Modelo Mediterrânico poderia considerar-se um modelo intermédio entre o Anglo-saxónico e o Continental na hora de obter serviços e ajudas à dependência por parte do estado.
Em países como os que integram o Modelo Mediterrânico, o mais aconselhável é fazer-se um seguro de vida para garantir a qualidade de vida, uma vez que a situação de dependência não garante o acesso à cobertura.
Na PSN contamos com anos de experiência a oferecer soluções no âmbito dos seguros de dependência, o que se vê refletido na confiança demonstrada pelos nossos mutualistas neste tipo de seguros.
Viet Nam
14-jul-2020
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