Para assinalar o Dia Internacional da Mulher, neste artigo faremos um apanhado da situação atual no setor da saúde, tendo em conta o número de médicos e médicas, enfermeiros e enfermeiras, assim como a distribuição dos cargos diretivos, e a brecha salarial existente, para assim analisarmos a evolução da igualdade neste setor.
Começando pelo número de profissionais médicos diplomados em Portugal, em 2018 o Pordata registou um total de 53.657 médicos, dos quais 23.975 são homens e 29.682 são mulheres. Estes dados representam uma relativa igualdade no número de homens e mulheres médicos. No entanto, fazendo uma comparação com dados de há 20 anos, existe uma diferença notável no que diz respeito às médicas: em 2000, Portugal contava com 14.584, o que representa um aumento de 104% em comparação com a realidade atual.
Quanto ao número de enfermeiros inscritos, em 2017 registou-se um total de 71.578, dos quais 9.701 são homens, face às 44.953 enfermeiras, segundo o INE. Estes dados refletem uma enorme diferença entre ambos os géneros numa profissão que tem estado historicamente ligada às mulheres.
Acesso a cargos diretivos
No que diz respeito às oportunidades para aceder a cargos de direção e gestão de Medicina e Saúde em Portugal, as mulheres continuam com baixa representação. Segundo um estudo do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, em 2016, 112 gestores hospitalares eram homens e somente 74 eram mulheres.
Brecha salarial
Segundo o Barómetro 2020 Igualdade Salarial entre Mulheres e Homens, os profissionais na área da saúde (médicos e enfermeiros) têm uma remuneração média mensal de 894 euros. Enquanto os homens ganham em média 1147 euros, as mulheres ganham 852 euros. A diferença no acesso a cargos de direção acentua a brecha salarial existente.
Escreva um comentário
O seu comentário será analisado pelos nossos editores antes de ser publicado. O seu endereço de e-mail nunca será publicado.